terça-feira, dezembro 16, 2008

Um apelo contemporâneo…



ou a sugestão de musiquinha de Natal :)



Canela

domingo, dezembro 14, 2008

sábado, dezembro 06, 2008

Christmas Time

I hope you have lots of fun
but don’t forget to look around.



Canela

sábado, novembro 29, 2008

«Cztery noce z Anną»


«Four Nights with Anna» by Jerzy Skolimowski


Canela

Palavras para quê?


Ou na caminha é que se está bem!


Imagem de autor desconhecido


Canela

domingo, novembro 23, 2008

Parabéns Lininho

Aqui não posso e não devo usar o nome carinhoso pelo qual nos tratamos!

Prémio Crioestaminal 2008 foi atribuído ao projecto liderado por Lino Ferreira, que pretende desenvolver novas terapias celulares para a regeneração do músculo cardíaco. Galardão é entregue a 24 de Novembro, às 16h, no Biocant Park, Parque de Biotecnologia de Portugal, em Cantanhede.

Parece que andamos todos a estudar o mesmo.

Parabéns Carneirinho Lindo! (Carneirinho só de signo! porque a este menino ninguém o cala, ou não fosse Carneiro!)

P.S – Se te sobrar dinheiro, existe por este lado células estaminais de medula óssea à espera!


Imagem retirada daqui.


Canela

«I’m Yours»

I’m too much untamed to belong to someone (to be yours).


Well open up your mind and see like me
Open up your plans and damn you're free
Look into your heart and you'll find love love love love
Listen to the music of the moment, maybe sing with me
All - ah peaceful melody
And it's our God-forsaken right to be loved love loved love loved





Canela

sábado, novembro 22, 2008

terça-feira, novembro 18, 2008

Acorda-me…


quando a Primavera traçar linhas coloridas contra o verde. Até lá deixa que o Inverno me embale e me adormeça.


Canela

sábado, novembro 15, 2008

Doctor Zhivago








Imagem enviada por correio electrónico, autor desconhecido



Canela

sexta-feira, novembro 14, 2008

As coisas que só me acontecem a mim…

ou «porque é que a vida a teu lado é uma permanente aventura»


Ontem, em plena hora de ponta, descia o primeiro lance de escadas em direcção ao metro quando o vejo chegar. No entanto, o cansaço tinha tomado conta de mim por completo e pensei: Não vou correr, vou esperar pelo próximo!
Continuei tranquilamente a descer, e já no segundo lance de escadas, voltei a olhar e lá estava o metro, parado, como se tivesse à minha espera. Aqui dá-se o “volte-face” e pensei: Se eu correr ainda o apanho.
Numa fracção de segundos desatei a correr pelas escadas e pela estação fora, quando estupefacta verifiquei que a multidão que àquela hora pulula na estação gritava e acenava: “Não! Não!”
Sem perceber o que estava a acontecer, pensava: Mas isto está tudo doido ou quê?! Ainda tentei encontrar a explicação no odor do ar da estação, não fosse o caso, de alguém se ter lembrado de a pulverizar com alguma substância alucinogénia, mas a minha preocupação continuava a ser o metro.
Entrei no metro no preciso momento em que a porta se fechava, mas ainda absorvida pelo comportamento anómalo das pessoas que continuavam a gritar: “Não! Não!” E que, nesse preciso momento, também tentavam (desesperadamente) bloquear a porta, e nem me apercebi que as duas carruagens estavam completamente vazias. Quando o metro iniciou a marcha e procurei um lugar para me sentar, é que verifiquei que tinha todas as cadeiras disponíveis. Estranhei, mas como o metro seguia na direcção que eu pretendia, sentei-me e relaxei.
Um espaço de tempo à frente (não consigo precisar quanto) o metro parou, numa zona subterrânea onde só existem trilhos. De repente comecei a pensar que talvez tivesse entrado no metro errado. Esperei mais um pouco para ver o que acontecia e… não acontecia nada. Como me encontrava na segunda carruagem e nem conseguia ver o condutor, a decisão seguinte foi simples: Vou ter de saltar para os trilhos, porque não pretendo passar aqui a noite.
Assim que abri a porta começei a sentir-me uma verdadeira Indiana Jones, com a agravante de não usar roupas e calçado suficientemente confortáveis para descer aquela altura do metro aos trilhos, e saltar de trilho em trilho. Em sérias dificuldades lá vou saltando, literalmente, quando de repente alguém, desesperadamente, gritou: “OH MENINA !” Olhei, e vi o motorista do metro com um colete cheio de faixas reflectoras, que me continuou a interpelar:
- O que estava a fazer dentro do metro?!
- O que faço sempre! Tencionava ir para a estação X! – respondi.
- E não ouviu o que eu disse?!
- E o que foi que o senhor disse?
- Que todos os passageiros deveriam abandonar as carruagens, porque o metro estava fora de serviço.
- Pois! De ter dito isso imediatamente antes de eu ter entrado, porque não ouvi!
- A menina entre no metro que eu vou leva-la à estação, andar aí nos trilhos é perigosíssimo! (principlamente nas horas de ponta, o que na altura nem me passou pela cabeça!) Julgo que por esta altura já devia ter pensado que me pretendia suicidar, e pelo sim, pelo não, para ficar de consciência tranquila o melhor seria deixar-me na estação sã e salva.
Voltei a trepar para o metro (literalmente, nem imaginam a altura!), mas desta vez rumo à direcção certa.
Quando o metro chegou, a estação estava cheia de gente, a olhar para um metro com duas carruagens e uma só passageira em hora de ponta.
Eu, como sempre, empinei o meu nariz arrebitado e sai com o ar de quem: «Sou excêntrica»!


Canela

terça-feira, novembro 11, 2008

Acreditar na intuição

Desde o inicio que julgava a situação, algo me dizia que tinha contornos demasiado obscuros. De resto todos me faziam acreditar que não, até o ranhoso do coração que decidiu manter-se quase de pedra e cal, por mais que eu o puxasse. Hoje, bastaram menos de 10 minutos para que alguém me fizesse acreditar que o melhor é ligar-me ao que não sinto do que ao que vejo. Simples, muito simples.



Canela

sábado, novembro 08, 2008

O Segundo do outro lado do Vento…

Se me vendam os olhos, eu, o arqueiro! Acerto
em cheio no alvo porque o não vejo:
por pensamento e paixão,
ou porque foi tão sentido o vento a luzir nos botões dos salgueiros,
como se atirasse do outro lado do vento,
ou na solidão de um sonho,
ou como se tudo fosse o mesmo: flecha e alvo –
e
cego
acerto em cheio:
porque não quero


Herberto Helder


No dia em que o “Jasmim e Canela” completa dois anos só me resta dirigir um profundo agradecimento a todos os que têm encetado um enorme esforço para o manter activo:

As Flechas que libertam amor e palavras de alento nos momentos difíceis. Aos que me viram as feridas e me analisam a alma:
Piro – obrigada pelo primeiro comentário, pela amizade, pela partilha e cumplicidade.
A Farmácia – obrigada pela amizade, pela permanente presença nos momentos difíceis e pela partilha de vida.
Ângela – obrigada pela amizade, pelo amor, pela presença permanente e pela “mão” que me seca as lágrimas.
Primoca – palavras para quê se somos uma espécie de duas-em-uma, um nó-cego!

As Flechas que segredam os mistérios de vida e a importância do amor
O Trovador – obrigada Doce por todo o enorme amor a uma “lua” distante, tu serás sempre o meu mar.
S. – a que não precisa de estar presente para deixar amor. Obrigada Linda!
Licas – a menina de olhos verde-esmeralda e palavras de mel. Obrigada Linda!
Rosinha – a que tem o dom de colorir o mundo de azul e rosa bebé. Obrigada Linda!
C. – a Maga, aquela que transforma tudo numa fonte de prazer. Obrigada Madrinha!
Ao Daniel – ao construtor de “links” de amizade. Obrigada!

As Flechas que sopram a brisa from the far, far-a-way Land
Frankinho – Thank you! It’s very grateful be your friend!

As Flechas que só se inscreveram no “Blogspot”, para deixar ternas palavras de motivação.
Teresa Rita – Obrigada!

Às Flechas que lêem o “Jasmim e Canela” e que deixaram um ou outro comentário que me escapou. Obrigada!
Às Flechas que lêem o “Jasmim e Canela” e que nunca deixaram comentário. Obrigada!
Às Flechas que lêem o “Jasmim e Canela” de perto, aos que o lêem à distância, a todos, muito, muito obrigada!

E pensar que no inicio éramos só dois: eu e o meu Blog!

Obrigada! E muitos beijinhos a todos.




Canela

sexta-feira, novembro 07, 2008

Nem bons ventos, nem bons casamentos… (cont.)

A dificuldade parece residir no facto de ninguém estar no sítio. Pelo menos foi a justificação que obtive.
Ou seja, nada de novo!

Ainda bem que eu avisei que é (era!) urgente.


Canela

Nem bons ventos, nem bons casamentos…

O que me faz detestar o poder central, ou a capital:


Ligo para resolver um problema urgente e a resposta é:
- Não estão a atender, vai ter de ligar mais tarde!
- Mais tarde é quando? – pergunto.
- Mais tarde é a qualquer momento.
- Então o momento é já! Não gosto de esperar.

É claro que Lisboa não gosta destas respostas, da mesma forma que eu não gosto de empecilhos.


P.S – Entretanto escrevi o “post” e publiquei-o e Lisboa continua a não atender. Será que é porque é sexta-feira à tarde?!


Canela

quarta-feira, novembro 05, 2008

Very, very, very…

Hopeful of a better world!

Na manhã em que o cansaço de mais uma directa e da exaustão acumulada me fazem aumentar, de forma quase dramática, a cefaleia, em que o peso das pálpebras me reduzem, significativamente, o tamanho dos olhos, amanheço para um novo dia.
Enfrento o teu olhar glicodoce, o sorriso radiante de alguém que parece olhar de frente para o sol, e a teia de palavras com que me emaranhas:

- Olá querida! Como estás?!

Bem! Muito bem!
Hoje subi mais uns níveis na minha espiral-de-sonhos.
Hoje passei a compreender melhor Heráclito e a dialética do intrincado “mundo” de Hegel.
Hoje voltei a acreditar que a força de um homem pode mudar o mundo.
Pela minha parte pode contar com a alavanca.


“Dêem-me um ponto de apoio e levantarei o mundo” (Arquimedes)


Canela

segunda-feira, novembro 03, 2008

Paixões




A botânica sempre foi, e deduzo que será, uma das minhas paixões. Não nascera eu para ser o que sou, e era à botânica que dedicava o meu precioso tempo. «Dedicava» é, neste contexto, um termo inapropriado, uma vez que, em tempos idos fiz um herbário e “obrigava” (ok! tirem as aspas) os meus pais a irem comigo colher plantas, a identificarem-nas e a secarem-nas, para posteriormente eu as catalogar e colar nas preciosas folhas do meu herbário.
Os meus pais aprenderam imenso, o «imenso» pertence-lhes. Eu bendigo a sorte por não ter quem me faça o mesmo.
Volta e meia lá dou comigo a abrir as folhas do meu precioso herbário, para lhe sentir o meigo aroma do chá.
Ora, é certo e sabido que quando tenho mais trabalho me dedico a tudo menos ao que tenho, imperiosamente, que fazer, por esta simples razão voltei à botânica.
E, então não é que encontro o Species Plantarum de Carl Linnaeus de 1753. Num site que me tem consumido todo os resquícios de tempo livre (se é que posso chamar livre ao tempo de pausa entre escrita).
Se gostarem de botânica (e já agora de latim), nem que seja um bocadinho, vão adorar. Sigam o meu conselho e espreitam, vá lá.


Imagem retirada daqui.

Canela

sábado, novembro 01, 2008

Promessas



Não gosto de conduzir, prefiro ser conduzida sempre sob a minha orientação, claro. Contudo, os amigos e colegas insistem para que compre um carro, e elaboraram um inquérito, tal é a disponibilidade para me ajudarem.
Disse-lhes que quero um carro híbrido, possante, barato, de baixo consumo e pouco ou nada poluente, para os fazer desistir da ideia.
Os meninos rapidamente encontraram o carro ideal, e como podem verificar, satisfaz por completo todas as minhas exigências: Escolheram um carro lindo, com uma cor que adoro (chocolate!) e estupidamente caro.
Prometi-lhes que se me saísse o Euromilhões, na próxima semana o iríamos comprar. Sinceramente rezo para que não me tenha saído, caso contrário já me imagino a leva-lo de volta para o stand para limar várias arestas! Enfim um pecado, dirão eles!


Imagem retirada daqui.

Canela

Lose it with Me


Canela

sexta-feira, outubro 31, 2008

Halloween


Estes símios não viram a bruxa, mas parece que viram o leão e depois adoptaram-lhe o estilo.

Tranquilo.

Trick-or-treat?

Happy Halloween.


Canela

domingo, outubro 26, 2008

sábado, outubro 25, 2008

Por olhos Amigos

Eres romántica y una optimista de corazón, con una gran aprecio por la vida y todo lo que es placentero y bello. Tus dones son imaginación, inspiración, la habilidad de soñar y crear.

Tu natural generosidad, gran corazón y buen humor te hacen ganar muchos amigos. Tienes una alegría y fuerza interior la cual te permite animar y brindar esperanza a los otros. No obstante, algunos te consideran irrealista e ingenua, estás abierta al lado luminoso de la vida y evitas la oscuridad o los aspectos difíciles de las personas y situaciones tanto como sea posible. Pareces atraer más de lo que compartes de las buenas cosas de la vida. La comodidad y la tranquilidad te vienen naturalmente. Eres una criatura muy social y gozas especialmente estando con personas creativas, alegres y espontáneas. Teatro, danza, música y otras artes expresivas tienen una fuerte atracción para ti. Tus debilidades pueden incluir pereza, pérdida de disciplina y de practicidad.


Canela

"Misinterpretations that define Me and You"


Canela

sexta-feira, outubro 24, 2008

terça-feira, outubro 21, 2008

Leituras

Lê Hegel com o mesmo à-vontade com que os outros lêem "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel, esquecendo-se que a totalidade nem sempre é absoluta, e que o absoluto é constituído de pequenos totais.


Canela

domingo, outubro 19, 2008

Réstias de Sol…


Lugares encantados.
A mais perfeita sala-de-estar sobre o mar: Praia-da-Luz
E a música que ficou, tal como o sonho.
A música fica.
Onde só o sonho deve ficar.



Canela

Iceland

Believing in a fast economic revitalization





The cold makes me
a lair from fear
places a pillow of
downy drift
under my head
a blanket of snow
to swaddle me in

I’d lay my ear to
the cracking of the ice
in the hope of hearing it
retreat
if I didn’t know
I’d be frozen fast

The ice lets no one go

My country
a spread deathbed
my initials stitched
on the icy linen



Gerður Kristný in “Pratriotic Poem”
Pintura de Freyja Önundardóttir ("Fjarlægð"), retirada daqui.


Canela

sábado, outubro 18, 2008

Bob Dylan

Tell Tale Signs







Para ouvir as músicas entre aqui.

Imagem retirada daqui.




Canela

A Ciência também passa por aqui


Em determinados dias socorremo-nos de situações difíceis para os ajudarmos a avançar, para os motivarmos, para lhes demonstrarmos que na maioria das vezes é nas piores situações possíveis que mais aprendemos, e aqui incluí-se também autoconhecimento.
Enfrentar todas as situações com um: “eu vou conseguir” deveria ser se não um lema, um quase lema.
Das muitas estórias que lhes poderia ter contado, escolhi a menos má, só para lhes retirar um sorriso no final.
Contei-lhes que nos deram cerca de 60.000€ para um projecto de investigação com a duração de quatro anos, e no qual só uma estufa de atmosfera controlada (que fazia falta) custava cerca de 30.000€. Contei-lhes que a alternativa era comprar umas “jarras”, a empresas que comercializam material para laboratório, que custavam cerca de 1000€ cada uma.
Contas feitas o dinheiro disponível para quatro anos, mal chegaria para um. Mas, que existem sempre alternativas.
No meu caso, a alternativa foi encaminhar-me para o supermercado mais próximo, comparar caixas de plástico para armazenar alimentos, com um volume determinado e herméticas (o que era absolutamente obrigatório). Cada uma destas caixas custava menos de 5€.
Nesta altura trabalhávamos em conjunto com uma equipa inglesa, mas publicávamos mais! Talvez pela fama que Portugal vai transmitindo, através dos seus governantes, os ingleses começaram a estranhar que nós conseguíssemos trabalhar mais e melhor. E, decidiram ver o que se passava.
No dia em que nos visitaram encontraram um laboratório com pouquíssimo equipamento e com uma (apenas uma) estufa de temperatura controlada cheia de caixas plásticas para armazenar alimentos, com a tampa recoberta com fita isolante (não fossem as caixas não serem absolutamente herméticas). Abertas as caixas puderam finalmente verificar in situ que o nosso microrganismo crescia, de facto, muito mais naquelas condições, do que nas duas estufas de atmosfera controlada que eles tinham no laboratório.
Para eles a opção foi simples: desligaram os gases das estufas de atmosfera controlada que passaram a funcionar, apenas, com estufas de temperatura controlada.
Para nós foi o merecido prémio: ganhamos o projecto europeu a concurso.
É esta férrea força para lutar e a fortíssima corrente-de-amor aos que me rodeiam que, ainda, me mantêm aqui.

Eles sorriram.
Eu tenho a certeza que aprenderam uma estória que se aplica a quase todas as situações de vida.


Canela

domingo, outubro 12, 2008

Travian


Hoje joguei pela primeira vez Travian, na tentativa de perceber como é que este jogo se tornou um dos jogos mais jogados em todo o mundo.
A explicação parece-me simples: é mais ou menos como a pesca, lança-se o isco e espera-se. Não temos de fazer rigorosamente nada, a não ser esperar.
Ora, quem me conhece sabe como a pesca ou a espera me deixam os nervos em franja! Não há nada que me faça pior. Mas, dei início à construção da minha aldeia e até já vêm tropas a caminho.
A explicação também não podia ser mais simples: estou a trabalhar enquanto jogo. E, não há nada (existe sempre muito mais do que nada!) que me dê mais prazer, do que fazer várias coisas em simultâneo.


Canela

Verdade ou Consequência

Tenho de trabalhar
para ganhar o meu pão
meu querido Guilherme
não tenho tempo
para uma paixão infeliz
e complicada



Adília Lopes (de ‘Maria Cristina Martins’, Obras)



Canela

sábado, outubro 04, 2008

Addicted to…








Imagem de autor desconhecido

Canela

The best Piece is…

always you .


(…)

Call me a doctor
Or a structural engineer
Draft me a past and a future
That consert to adhere

Give me a pill that makes cohesion
A pharmalogical thing
Bring me the tape and the twine
The blueprint design
To fit the scraps and the threads
To the feet and the legs


(…)





Canela

sábado, setembro 27, 2008

Outra…


inusitada estória-de-amor, um tudo ou nada parecida com a que me ofereceram.


Imagens de autor desconhecido, enviadas por correio electrónico.


Canela

sábado, setembro 20, 2008

Quite Insane



Canela

A que distância da escrita deixas o coração?


Nada do mundo mais próximo
mas aqueles a quem negamos a palavra
o amor, certas enfermidades, a presença mais pura
ouve o que diz a mulher vestida de sol
quando caminha no cimo das árvores
«a que distância da língua comum deixaste
o teu coração?»

a altura desesperada do azul
no teu retrato de adolescente há centenas de anos
a extinção dos lírios no jardim municipal
o mar desta baía em ruínas ou se quiseres
os sacos do supermercado que se expandem nas gavetas
as conversas ainda surpreendentemente escolares
soletradas em família
a fadiga da corrida domingueira pela mata
as senhas da lavandaria com um «não esquecer» fixado
o terror que temos
de certos encontros de acaso
porque deixamos de saber dos outros
coisas tão elementares
o próprio nome

ouve o que diz a mulher vestida de sol
quando caminha no cimo das árvores
«a que distância deixaste
o coração?»




José Tolentino Mendonça in “A Presença Mais Pura”
Pintura de Duma (“Sabes… acho que concordo contigo!”), retirada daqui.


Canela

Ofereceram-me…

Uma inusitada estória-de-amor.
Eu leio-a vagarosamente, como quem liba mel gota-a-gota.


Canela

quarta-feira, setembro 10, 2008

Let’s Pretend…


(…)

Maybe I’ll never die
I’ll just keep growing younger with you
And you’ll grow younger too
Now it seems too lovely to be true
But I know the best things always do



Canela

Os Hospitalários no Caminho de Santiago



Notícia publicada no site da Câmara Municipal de Matosinhos
Imagens retirada do site da Câmara Municipal de Matosinhos


Canela

sábado, setembro 06, 2008

«You & Me»

The Walkmen


Canela

Como a Chuva

Vou guardar-te em cheiros
o da pele primeiro,
com sabor a mar.

Deixo escorrer a ternura,
gota-a-gota,
perfumada a sol e baunilha.

Com o azul cristalino
guardo os segredos
de Jasmim e Canela.

A guardar-te
em frasco de vidro
como a chuva.


Canela

domingo, agosto 31, 2008

«Je ne Suis pas Morte»

De Jean-Charles Fitoussi



Fotografia retirada daqui.

Canela

sábado, agosto 30, 2008

quarta-feira, agosto 27, 2008

A propósito do tempo

Dizes-me que brevemente estarás de volta.
Eu pergunto-me: quão breve será esta eternidade?


Canela

Carlos Drummond de Andrade pelo Trovador

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

(Carlos Drummond de Andrade em “Alguma Poesia”)







O desafio foi lançado, e a resposta não tardou: Carlos Drummond de Andrade pelo Doce Trovador. Em comum temos a paixão pela poesia, o amor a Drummond, mas o maior link sempre esteve e estará na vida. Une-nos um só coração, aquele que sempre gritou por um amor maior, o nosso.

Parafraseando Manuel Bandeira: Teadoro Trovador.
Beijinhos Doce Trovador


Canela

segunda-feira, agosto 25, 2008

Desafio

A propósito deste post, lembrei-me imediatamente de um amigo que adora Carlos Drummond de Andrade. Daí até ao desafio foi só um bocadinho assim!



Canela

domingo, agosto 24, 2008

Manhã em resumo

Às cinco da manhã já vestia roupa de desporto e calçava as sapatilhas. Sai para a rua com a noite ainda instalada, mas a saber onde acorda o sol. Concentro-me na linha do horizonte que me devolve o tempo. E, assim que os tons quentes se instalaram, saltaram as recordações de manhãs iguais passadas no Douro.
O cheiro da terra quente, o sabor doce de um vago de moscatel (colhia um vago de cada cacho, para grande tristeza do meu avô), o cheiro quente dos figos e a rugosidade das folhas das figueiras. O chilrear dos melros e das rolas, o som da água cristalina do rio que atravessava as nossas terras e o som oco das carapaças dos cágados que atravessavam as pedras do rio.
Os pés que penetravam as águas gélidas, a pele alva do meu avô e os seus enormes e lindíssimos olhos azuis.
Enquanto o tempo conspirava, redescobria o cheiro da terra seca e sentia o som dos cascos do cavalo contra o xisto: era o meu avô que chegava para me resgatar, antes que qualquer raio de sol me queimasse a pele.
Quem sabe se um dia troco a linha-do-mar, pela linha-dos-montes em socalcos do Douro.
Antes das nove da manhã perfazia mais ou menos 20 km, mas já tinha parado para tomar o pequeno-almoço.
Hoje foi uma manhã com objectivos cumpridos e algumas dores musculares.



Canela

Tertúlias do Porto


Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.




Manuel Bandeira in “Neologismo”
Cartaz enviado via “E-mail” pela livraria Poetria, onde me sinto em casa. Obrigada


Canela

quinta-feira, agosto 21, 2008

The only game in town



Canela

Os mistérios do Sono


sobre a cama as metáforas
parecem-se mais belas e
mais sublimes

uma carta,

o poder da língua que liberta os beijos e
as pálpebras em êxtase,
quando vens descendo em letra redonda e
a perturbar o meu sono.



João Ricardo Lopes in “de a pedra que chora como palavras”
Pintura de Jorge Mayet (“Entre Dos Aguas”), retirada daqui.



Canela

domingo, agosto 17, 2008

Vícios


Deixa crescer as umbelas em mãos apétalas
E observa o mar.



Canela

O que me Apaixona e Enlouquece…

ou a Ciência também passa por aqui.



Human Primary Osteoblasts



A rezar para que amanhã já estejam assim.

Imagem retirada daqui.


Canela

sábado, agosto 16, 2008

O Primeiro Aniversário da Kiquinha...

ou o motivo para passar a manhã de sábado na cozinha!







Canela

Jasmim, Canela e Alecrim



Let us go, then, you and I
When the evening is spread
[out against the sky


T. S. Eliot

Entrou um serafim
no meu jardim

que cheiro a alecrim…

Da rosa carmim
para o jasmim

o canto do clarim
tramp’lim
do arlequim

p’ra mim.




Salette Tavares in “Soneto Pateta III”
Imagem de Zhang Peng, retirada daqui.


Canela

sexta-feira, agosto 15, 2008

quarta-feira, agosto 13, 2008

Nos insondáveis limites das estrelas

Em tons de laranja.



Ou o pôr-do-sol visto de casa.



Canela

domingo, agosto 10, 2008

Também se pode aplicar ao Blog

“Burn After Reading”



Deixo-vos um menino lindo, lindo!!!


Canela

Digam-me que…



Amanhã não é segunda-feira!!!
E que não estamos praticamente a meio de Agosto!!!

Socorro!!!


Fotografia de autor desconhecido

Canela

sábado, agosto 09, 2008

Moriarty

Jimmy and...



me.


Canela

Back to...

... reality!!! :(


Canela

domingo, julho 20, 2008

«The Women»

Onde homem não entra, a não ser nos diálogos!


Canela

E a Austrália aqui tão perto...

A começar pelo eucalipto do jardim:


Antes



Depois


A terminar...


Canela

quarta-feira, julho 16, 2008

ECCA (European Cervical Cancer Association) Petition

STOP Cervical Cancer

«Call upon the European Parliament, the European Commission and all National Governments of Europe to implement the effective organised cervical cancer prevention programmes that will provide the optimal protection against cervical cancer for all the women of Europe»

Sign here please


Canela

terça-feira, julho 15, 2008

«Take This Longing»



Canela

Descuidos do Porteiro dos Sonhos

O palco era elíptico e tapado nas duas extremidades com a mesma madeira clara que forrava a enorme sala. A sala clara tinha muita luz.
No palco os actores representavam brincando. Tinham vários tipos de brinquedos, todos feitos em ferro. Os brinquedos tinham encaixes exactos, o que permitia aos actores criarem várias figuras ou situações com os mesmos brinquedos.
A assistência era convidada a participar, mas sempre que o participante era masculino, os actores, que eram todos homens, faziam questão de o criticar e corrigir. Contudo, se o participante fosse feminino tudo estava perfeito e os aplausos eram imediatos e estridentes.
Eu observava sentada num dos cantos a descoberto do palco.
Os actores sabiam os nomes de cada pessoa e o lugar em que cada uma se devia sentar. Em vários momentos obrigaram a que os que se sentaram nos lugares errados se deslocassem para os lugares certos. Haviam cadeiras vazias que não podiam ser ocupadas, porque faltavam pessoas das quais os actores também conheciam os nomes, embora não conhecessem as pessoas.
Este foi o sonho até o porteiro descobrir o meu estado de semi-vigília e fechar a porta.


Canela

Eric Rohmer

ou a poesia sobre a tela


Canela

terça-feira, julho 08, 2008

domingo, julho 06, 2008

Robert Creeley

All night the sound had
come back again,
and again falls
this quite, persistent rain.

What am I to myself
that must be remembered,
insisted upon
so often? Is it

that never the ease,
even the hardness,
of rain falling
will have for me

something other than this,
something not so insistent—
am I to be locked in this
final uneasiness.

Love, if you love me,
lie next to me.
Be for me, like rain,
the getting out

of the tiredness, the fatuousness, the semi-
lust of intentional indifference.
Be wet
with a decent happiness


Robert Creeley in “The Rain”



Canela

quarta-feira, julho 02, 2008

segunda-feira, junho 30, 2008

Quero acreditar que esta é a única razão.






Não acredito na reencarnação, aliás a acreditar, e como costumo dizer: Em alguma das minhas vidas passadas só posso ter sido o próprio Hitler. Nenhum dos seus sósia, a existirem, me poderiam ter estado reservados.
Como católica poderia acreditar noutras versões: como na de uma grande mulher (canonizada) que, durante o seu martírio e em total desespero se revoltava contra Jesus e lhe perguntava, mais ou menos, isto:
Porque me fazes sofrer tanto?
Ao que Jesus respondia:
Porque só peço estes sacrifícios aos meus amigos!
Retorquia-lhe a inteligentíssima e magnífica mulher:
Por isso é que tens tantos!
Ora toma que é para aprenderes! - digo eu.
Como sei que nunca serei canonizada, das duas uma: ou tenho o céu garantido e daí o tamanho da cruz (que nunca me faltem os elos de ligação!) ou fico-me pela versão da reencarnação na qual não acredito, mas que me assenta que nem uma luva (e lá se vão os elos de ligação, mantendo-se o tamanho da cruz!).
Só me resta dizer:
Bolas!!!


Imagem enviada por uma amiga com uma cruz igualmente pesada, via E-mail.
Banda desenhada de autor desconhecido


Canela

Summer School

Para quem gosta de aprofundar conhecimentos em tempo de férias, para quem não sabe o que fazer com as férias, e porque este Blog também engloba a faceta de divulgação, aqui ficam as sugestões da Universidade Católica:

- Cursos de Verão da Universidade Católica do Porto.

Se aceitarem sugestões, aqui está uma que não faz mal a ninguém:

Dia: 3, 10 e 17 de Julho
Curso: O modelo de Inteligência Emocional de Mayer & Salovey: uma ferramenta de autoconhecimento.

Quanto a sugestões por hoje é tudo.
Divirtam-se

Informações enviadas por amigos da Universidade Católica via E-mail.


Canela

domingo, junho 29, 2008

Olé! Olé! Olé!

To my German friends:

Spain wins! :)


Canela

Mais um dos magníficos trabalhos…


…do meu afilhado M.
O “Blog” e, sobretudo, a madrinha agradecem. Com um colaborador deste nível não há “Blog” que não contenha beleza.


Canela

quinta-feira, junho 26, 2008

As Ténues Teias de um Sonho

Tempo – definição da angústia.
Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia.
Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escreves.
Fica apenas a tua negra sombra:
- O passado,
Amargura maior, fotografada.

Tempo…
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!

Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia
Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!


Miguel Torga in “Tempo”


Canela

Estratégias

Qual o limite para a maldade humana? - perguntava-lhe isto, a ele, sem me aperceber de que, também eu poderia estar a ser cruel.
Ele, numa atitude de profunda lucidez e sem se deixar perturbar pela minha interpelação, calmamente respondeu:
- Jasmim, tu sabes a resposta! Não deixes que a revolta te atinja. Tu não és assim. Dissiparás energia na revolta e dissiparás energia a voltar ao teu registo normal.
A estratégia seguinte foi mudar, imediatamente, de tema, sem dissipar energia e aproveitando em pleno o resto do dia.


Canela

terça-feira, junho 24, 2008

Excepções

Agora que sou "fundamentalista" – como diz o meu pai.
Agora que deixei de comer carne (excepto peixes, moluscos, crustáceos, bivalves e afins) pelas razões que quase todos vocês conhecem.
Agora, dizia eu, abro excepções: para as empadinhas de vitela da padaria Ribeiro e para o arroz de cabidela com galináceos unicamente criados em casa (juro que isto não é choradinho!).
Assim sendo, para o jantar temos: empadinhas de vitela da supracitada padaria e cogumelos recheados com queijo Roquefort e assados no forno, tão simples quanto isto!
Alguém falou em colesterol?! Atenção: «temos» não é lista!!!


Canela

Bob Dylan


Canela

domingo, junho 22, 2008

Porque nem só de música ou poesia…


'Man on a Bridge' © 2007 Bob Dylan

… vive Bob Dylan.

Quem vive da sua música pode esperar até dia 11 de Julho.


Imagem retirada daqui.


Canela

Olé!!!!


Canela

quinta-feira, junho 19, 2008

Jogo

Loiros burros vs kiwis inchados



Canela

quarta-feira, junho 18, 2008

São gratuitos, são cursos…

… estão disponíveis “on-line”:

Just in case…


Canela

[...]

You are less conservative!
Let’s see tomorrow!!!


Canela

terça-feira, junho 17, 2008

«Sentir é outra questão…»


Não tenho ninguém que me ame.
’Spera lá, tenho; mas é
Difícil ter-se a certeza
Daquilo em que não se crê.

Não é não crer por descrença,
Porque sei: gostam de mim.
É um não crer por feitio
E teimar em ser assim.

Não tenho ninguém que me ame.
Para este poema existir
Tenho por força que ter
Esta mágoa que sentir.

Que pena não ser amado!
Meu perdido coração!
Etcetera, e está acabado
O meu poema pensado.
Sentir é outra questão…


Fernando Pessoa

Pintura de Guy Girard ("Le Château du Double Soleils (Anagraphomorphose de Nietzsche)"), 1993 – retirada do catálogo «O Reverso do Olhar», Coimbra 2008


Canela

domingo, junho 15, 2008

Mimos de Sábado

Um banho de imersão em chocolate negro, seguido de uma massagem com chocolate negro.
Para finalizar um chá com amigos de longa data: o N., a R. e os meus sobrinhos o X. e o P, mas desta vez com a presença da mãe do N., e praticamente minha segunda mãe que, como não podia deixar de ser, me trouxe o pão-de-ló que eu adoro. Aquele que é absolutamente inconfundível. Ou seja, este:

Existem dias-perfeitos, com cheiros e sabores inconfundíveis. Dias com conversas perfumadas de amor. Dias de uma incomparável tranquilidade.


Canela

sábado, junho 14, 2008

The Cheese Face…

… want revenge. They want play against the Portuguese or German team.


Canela

Aleksandr Sokurov

Alexandra


Canela

quinta-feira, junho 12, 2008

Aspectos

Diariamente, e talvez por preocupação, vou ouvindo a mesma frase repetida vezes sem conta: “Estás muito magra!”
Ontem, ao chegar a casa esperava-me uma vizinha imensamente preocupada, que me dizia: “O meu marido já comentou comigo que está muito magra!”
Sorri e continuei rumo à porta de casa. Do portão ainda retorquiu: “Não está a fazer nenhuma dieta, pois não?!”
Voltei-me, esbocei um enorme sorriso e acenei que “não” com a cabeça, mas fui pensando:
A ignorância, em certas situações, é uma dádiva!


Canela

quarta-feira, junho 11, 2008

O caminho mais curto para a infelicidade

Deixem-me chegar à cegueira de quem nada sabe, à surdez de quem nada compreende, às palavras dos inocentes.
Fechem-me o coração, atem-me os sentimentos, toldem-me todas as conexões neuronais
Obriguem-me a parar de estudar.
Se ainda for a tempo,
então serei FELIZ.


Canela

terça-feira, junho 10, 2008

Cinematógrafo

Cubismo em movimento




Canela

quarta-feira, junho 04, 2008

domingo, junho 01, 2008

Tudo para Ti


O que se diz do inverno pode dizer-se da juventude
é uma estação abstracta
numa hora qualquer acabamos com frio
o desprovido transporte que por vezes
demasiadas vezes é o daquela verdade

Mas o jogo de alguma coisa
está mais longe ou mais perto

Nem tu sabes por quantos anos ainda
voltarás aos bosques
aos detalhes que ignoravas
ao que resta do primeiro amor
a que todos pensam ter sobrevivido





José Tolentino Mendonça in “Menos para ti”
Pintura de Daniel Hesidence (untitled), retirada daqui


Canela

Rubra


Ao passear no quintal olhei-a demoradamente e a minha groselheira ruborizou.



Canela

Always the Truth


Canela

quinta-feira, maio 29, 2008

Da dor

Ao fim de alguns meses de trabalho e de alguns meses de interregno vem a vida e muda-nos o ponto de vista. A velocidade de crescimento dos osteosarcomas (em laboratório) chega a provocar-me dor.


Canela

terça-feira, maio 27, 2008

Tempo de...




Canela

So few…


The dying need but little, dear,
A glass of water's all,
A flower's unobtrusive face
To punctuate the wall,

A fan, perhaps, a friend’s regret,
And certainty that one
No color in the rainbow
Perceives, when you are gone.



Emily Dickinson in “The Dying need but little, Dear”
Imagem de Pat Goltz (“Agate Swirling Bird”), retirada do sítio MOCA


Canela

domingo, maio 25, 2008

Inferência Dedutiva


A seguir a história do pastor.
O pastor vivia em Goinge, floresta normanda.
Era filho dos senhores da Escânia
hoje conhecedores de ciências.
Aos vinte anos sabia já
distinguir as ervas
curava com esmero os golpes do gado.

Entretinha-se com o queixo.
E todos os Arroios
o conheciam de sol a sol.

Aos vinte e seis anos
casou com Dourada, a rapariga débil.
Aos trinta
viu realizar-se um sonho antigo:
receber os primos no pátio.
Abriu então cervejas
fritou amêndoas
falou pela primeira vez de nostalgia.



Daniel Maia-Pinto Rodrigues in “A história do pastor”
Pintura de Kristin Baker (“Washzert Suisse”), Acrylic on Mylar, (2005), retirada daqui.


Canela

quinta-feira, maio 22, 2008

«All the wrong reasons»



by Jeff Scher


Canela

Biologists can stop them…


Physics says: go to sleep. Of course
you're tired. Every atom in you
has been dancing the shimmy in silver shoes
nonstop from mitosis to now.
Quit tapping your feet. They'll dance
inside themselves without you. Go to sleep.

Geology says: it will be all right. Slow inch
by inch America is giving itself
to the ocean. Go to sleep. Let darkness
lap at your sides. Give darkness an inch.
You aren't alone. All of the continents used to be
one body. You aren't alone. Go to sleep.

Astronomy says: the sun will rise tomorrow,
Zoology says: on rainbow-fish and lithe gazelle,
Psychology says: but first it has to be night, so
Biology says: the body-clocks are stopped all over town
and
History says: here are the blankets, layer on layer, down and down




Albert Goldbarth in “The Sciences Sing a Lullabye”
Imagem de Ewangpogi (“Running out of space and time”), retirada daqui


Canela