domingo, agosto 31, 2008

«Je ne Suis pas Morte»

De Jean-Charles Fitoussi



Fotografia retirada daqui.

Canela

sábado, agosto 30, 2008

quarta-feira, agosto 27, 2008

A propósito do tempo

Dizes-me que brevemente estarás de volta.
Eu pergunto-me: quão breve será esta eternidade?


Canela

Carlos Drummond de Andrade pelo Trovador

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

(Carlos Drummond de Andrade em “Alguma Poesia”)







O desafio foi lançado, e a resposta não tardou: Carlos Drummond de Andrade pelo Doce Trovador. Em comum temos a paixão pela poesia, o amor a Drummond, mas o maior link sempre esteve e estará na vida. Une-nos um só coração, aquele que sempre gritou por um amor maior, o nosso.

Parafraseando Manuel Bandeira: Teadoro Trovador.
Beijinhos Doce Trovador


Canela

segunda-feira, agosto 25, 2008

Desafio

A propósito deste post, lembrei-me imediatamente de um amigo que adora Carlos Drummond de Andrade. Daí até ao desafio foi só um bocadinho assim!



Canela

domingo, agosto 24, 2008

Manhã em resumo

Às cinco da manhã já vestia roupa de desporto e calçava as sapatilhas. Sai para a rua com a noite ainda instalada, mas a saber onde acorda o sol. Concentro-me na linha do horizonte que me devolve o tempo. E, assim que os tons quentes se instalaram, saltaram as recordações de manhãs iguais passadas no Douro.
O cheiro da terra quente, o sabor doce de um vago de moscatel (colhia um vago de cada cacho, para grande tristeza do meu avô), o cheiro quente dos figos e a rugosidade das folhas das figueiras. O chilrear dos melros e das rolas, o som da água cristalina do rio que atravessava as nossas terras e o som oco das carapaças dos cágados que atravessavam as pedras do rio.
Os pés que penetravam as águas gélidas, a pele alva do meu avô e os seus enormes e lindíssimos olhos azuis.
Enquanto o tempo conspirava, redescobria o cheiro da terra seca e sentia o som dos cascos do cavalo contra o xisto: era o meu avô que chegava para me resgatar, antes que qualquer raio de sol me queimasse a pele.
Quem sabe se um dia troco a linha-do-mar, pela linha-dos-montes em socalcos do Douro.
Antes das nove da manhã perfazia mais ou menos 20 km, mas já tinha parado para tomar o pequeno-almoço.
Hoje foi uma manhã com objectivos cumpridos e algumas dores musculares.



Canela

Tertúlias do Porto


Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.




Manuel Bandeira in “Neologismo”
Cartaz enviado via “E-mail” pela livraria Poetria, onde me sinto em casa. Obrigada


Canela

quinta-feira, agosto 21, 2008

The only game in town



Canela

Os mistérios do Sono


sobre a cama as metáforas
parecem-se mais belas e
mais sublimes

uma carta,

o poder da língua que liberta os beijos e
as pálpebras em êxtase,
quando vens descendo em letra redonda e
a perturbar o meu sono.



João Ricardo Lopes in “de a pedra que chora como palavras”
Pintura de Jorge Mayet (“Entre Dos Aguas”), retirada daqui.



Canela

domingo, agosto 17, 2008

Vícios


Deixa crescer as umbelas em mãos apétalas
E observa o mar.



Canela

O que me Apaixona e Enlouquece…

ou a Ciência também passa por aqui.



Human Primary Osteoblasts



A rezar para que amanhã já estejam assim.

Imagem retirada daqui.


Canela

sábado, agosto 16, 2008

O Primeiro Aniversário da Kiquinha...

ou o motivo para passar a manhã de sábado na cozinha!







Canela

Jasmim, Canela e Alecrim



Let us go, then, you and I
When the evening is spread
[out against the sky


T. S. Eliot

Entrou um serafim
no meu jardim

que cheiro a alecrim…

Da rosa carmim
para o jasmim

o canto do clarim
tramp’lim
do arlequim

p’ra mim.




Salette Tavares in “Soneto Pateta III”
Imagem de Zhang Peng, retirada daqui.


Canela

sexta-feira, agosto 15, 2008

quarta-feira, agosto 13, 2008

Nos insondáveis limites das estrelas

Em tons de laranja.



Ou o pôr-do-sol visto de casa.



Canela

domingo, agosto 10, 2008

Também se pode aplicar ao Blog

“Burn After Reading”



Deixo-vos um menino lindo, lindo!!!


Canela

Digam-me que…



Amanhã não é segunda-feira!!!
E que não estamos praticamente a meio de Agosto!!!

Socorro!!!


Fotografia de autor desconhecido

Canela

sábado, agosto 09, 2008

Moriarty

Jimmy and...



me.


Canela

Back to...

... reality!!! :(


Canela