domingo, outubro 14, 2007

13 de Outubro

Ontem, deixar passar “em branco”, uma data que ficou e ficará para sempre registada na minha vida. Culpa da montanha de trabalho, na qual estou atulhada, culpa da minha gastroenterite vírica que entretanto “arrasou” com o meu sistema imunitário e como diz o povo: um mal nunca vem só.
Mas os sonhos não se deixam esquecer, nem mesmo pelos mais distraídos como eu.
Nem sei se foi um sonho, ou se não passou de uma vaga ideia, lembrou-me que, alguns anos atrás, foi algo que me ocorreu. Seria magnífico – pensei, mas rapidamente tentei dissipar o devaneio por me parecer absolutamente impossível. Sonha, sonha! Quanto custa sonhar? Afinal não custava nada, além de que, o sonho pressagiava um futuro, no qual eu não acreditava.
Os anos foram passando, e no dia que eu mais precisava de acreditar em alguma coisa, surgiu a verdade que eu conhecia de um sonho dissipado. Ora, para que tudo fizesse sentido, se nunca acreditei no sonho, não iria nessa altura acreditar na verdade. E a minha postura de “defesa”, foi “faz-de-conta”. Isto já passa! Porque é que tenho de ser eu a escolhida?! Nunca percebi, porque não queria perceber. Até ao dia em que assinamos o contrato (eu e o sonho). O carácter efémero da vida, ensinou-me que até como os sonhos devemos estabelecer contratos a termo. Depois da assinatura sai apressadamente, e quando de repente no último lance de escadas dou de caras com a procissão do adeus à Virgem em Fátima, parei, e de imediato percebi, o que até ali não quis entender. Neste sonho estão duas das pessoas que mais admiro dentro do cristianismo, uma pela abnegação e a outra pelo inconformismo, a Virgem Maria e S. João Baptista, respectivamente.


Canela

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