Tinha os olhos abertos mas não via.
O corpo todo era a saudade
de alguém que o modelara e não sabia
que o tocara de Maio e claridade.
Parava o seu gesto onde pára tudo:
no limiar das coisa por saber
- e ficara surdo e cego e mudo
Para que tudo fosse grave no seu ser.
O corpo todo era a saudade
de alguém que o modelara e não sabia
que o tocara de Maio e claridade.
Parava o seu gesto onde pára tudo:
no limiar das coisa por saber
- e ficara surdo e cego e mudo
Para que tudo fosse grave no seu ser.
Eugénio de Andrade in "O Anjo de Pedra"
Fotografia de Paulo Marques ("Aline 2"), retirada do sítio "1000 imagens"
Canela
Sem comentários:
Enviar um comentário