domingo, maio 06, 2007

Dia da Mãe

Hoje escrevo, não para marcar um dia, mas para distender todo este amor à vida.
No calendário-de-parede, que me conta o tempo, escrevi em letras garrafais o vocábulo EFÊMERO, para não deixar que os dias se atropelem e cheguem todos de uma só vez. Neste “tempo-do-depois”, até mim, chega, apenas, um dia de cada vez.
Mas, como sabes (tão bem), nem sempre foi assim, tempos houve em que, vivemos num tempo geracional – “tempo-de-caos” –, aquele que, apesar de curto, parece eterno. No tempo em que, questionei a minha fé e pôs em causa a minha vida. Nos dias em que, aprendi que é possível passar pela morte com vida. No tempo em que, senti um profundo medo de te perder.
Já passou, eu sei. Mas, ainda hoje pergunto se para aprender é necessário tanto sofrimento.
Eu sei a resposta. Sei, também, que a fé saiu fortalecida e sei, sobretudo, que nesse preciso tempo foi reconstruído de forma infinitamente particulada, com um profundo-amor-eterno o cordão umbilical que, agora, nos mantém unidas.
Que todos os dias sejam de partilhada felicidade mamá!


Imagem de Ricardo Fernando Silva ("De Sombra e Luz"), retirada do sítio "Olhares"

Canela

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