No mundo exótico dos chás, estes são dois dos meus preferidos, mais o de canela e o de amêndoa...confesso!
sábado, julho 25, 2009
terça-feira, julho 21, 2009
Cefaleia
ou esta dor que não me abandona...
Arrastas lânguidas palavras
em dias sem ternura
e repara que não digo:
Mentes.
Prenuncias vocábulos inaudíveis
como se o mel
escorresse em golfadas de azul
e repara que não digo:
Fantasias.
Caem-te da boca
pérolas que não chegam
aos meus ouvidos
na tristeza dos nossos dias
e repara que não digo:
Amas-me?
Porque engoli a mais doce das palavras.
Canela
Arrastas lânguidas palavras
em dias sem ternura
e repara que não digo:
Mentes.
Prenuncias vocábulos inaudíveis
como se o mel
escorresse em golfadas de azul
e repara que não digo:
Fantasias.
Caem-te da boca
pérolas que não chegam
aos meus ouvidos
na tristeza dos nossos dias
e repara que não digo:
Amas-me?
Porque engoli a mais doce das palavras.
Canela
domingo, julho 12, 2009
quinta-feira, julho 09, 2009
terça-feira, julho 07, 2009
Daniel
ou para um dia muito Feliz.
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos Deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos Deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
sábado, junho 13, 2009
domingo, junho 07, 2009
segunda-feira, junho 01, 2009
Muito Grata
Sem nenhum cinismo associado ao tema supracitado, quero agradecer a quem decidiu tornar-se um dos empecilhos do meu caminho.
A todos aqueles que, de uma ou outra forma, decidiram que não me vão deixar atingir os objectivos a que me propôs, desenganem-se, não percam tempo, não comprometam o vosso equilíbrio psíquico. Não há nada que me motive mais do que saber que alguém pensa que me consegue impedir de atingir o que quer que seja, ou alguém que pensa que não vou conseguir. Sinceramente, este tipo de atitude é tudo quanto preciso para avançar. Adoro que me ponham à prova. Nunca abandono uma competição por mais desonesta que seja.
I rest my case.
Canela
A todos aqueles que, de uma ou outra forma, decidiram que não me vão deixar atingir os objectivos a que me propôs, desenganem-se, não percam tempo, não comprometam o vosso equilíbrio psíquico. Não há nada que me motive mais do que saber que alguém pensa que me consegue impedir de atingir o que quer que seja, ou alguém que pensa que não vou conseguir. Sinceramente, este tipo de atitude é tudo quanto preciso para avançar. Adoro que me ponham à prova. Nunca abandono uma competição por mais desonesta que seja.
I rest my case.
Canela
sábado, maio 23, 2009
quinta-feira, maio 21, 2009
Mimos
A vantagem de viver entre o mar e o campo, é ter vizinhos que me mimam. À quinta-feira tenho uma vizinha que mói o milho e o centeio e coze, em forno de lenha, a melhor-broa-do-mundo.
Eu digo-lhe a que horas volto para casa, e volto sempre muito cedo à quinta-feira, e a minha adorável vizinha coze a broa pouco tempo antes, para que eu a coma quente.
Existem prazeres que não se descrevem.
Eu digo-lhe a que horas volto para casa, e volto sempre muito cedo à quinta-feira, e a minha adorável vizinha coze a broa pouco tempo antes, para que eu a coma quente.
Existem prazeres que não se descrevem.
Canela
quarta-feira, maio 20, 2009
Relativa precisão
Porque é que à quarta-feira eu não consigo deixar de pensar que é sexta-feira?
Porque é que em dois dias da semana, eu vivo o equivalente a 5 (de trabalho intenso)?
Porque é que mesmo sabendo que posso acordar mais tarde amanhã, já tenho tudo planeado para acordar mais cedo?
Porque é que o enquadramento dos meus dias na teoria da relatividade do tempo sempre foi perfeito?
A resposta a todas estas questões é simples, muito simples:
- os meus dias deveriam ter 48 horas relativas.
- se seguisse os conselhos da minha mãe, deveria saber que sozinha não consigo mudar o mundo.
Infelizmente os meus dias são de 24 horas precisas e penso, sempre, que consigo mover céu-e-terra.
Canela
Porque é que em dois dias da semana, eu vivo o equivalente a 5 (de trabalho intenso)?
Porque é que mesmo sabendo que posso acordar mais tarde amanhã, já tenho tudo planeado para acordar mais cedo?
Porque é que o enquadramento dos meus dias na teoria da relatividade do tempo sempre foi perfeito?
A resposta a todas estas questões é simples, muito simples:
- os meus dias deveriam ter 48 horas relativas.
- se seguisse os conselhos da minha mãe, deveria saber que sozinha não consigo mudar o mundo.
Infelizmente os meus dias são de 24 horas precisas e penso, sempre, que consigo mover céu-e-terra.
Canela
domingo, maio 10, 2009
sábado, maio 09, 2009
Tripas à Moda do Porto...
... ou constante saudade de ti?
To you, my sweet and hot love
Canela
Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo,
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.
Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.
Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo...
(Sei muito bem que na infância de toda a gente houve um jardim,
Particular ou público, ou do vizinho.
Sei muito bem que brincarmos era o dono dele.
E que a tristeza é de hoje.)
Sei isso muitas vezes,
Mas, se eu pedi amor, porque que é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?
Não é prato que se possa comer frio,
Mas trouxeram-me frio.
Não me queixei, mas estava frio,
Nunca se pode comer frio, mas veio frio.
Álvaro de Campos in "Dobrada à Moda do Porto"
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.
Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.
Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo...
(Sei muito bem que na infância de toda a gente houve um jardim,
Particular ou público, ou do vizinho.
Sei muito bem que brincarmos era o dono dele.
E que a tristeza é de hoje.)
Sei isso muitas vezes,
Mas, se eu pedi amor, porque que é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?
Não é prato que se possa comer frio,
Mas trouxeram-me frio.
Não me queixei, mas estava frio,
Nunca se pode comer frio, mas veio frio.
Álvaro de Campos in "Dobrada à Moda do Porto"
To you, my sweet and hot love
One day, in a restaurant, outside of space and time,
I was served up love as a dish of cold tripe.
I politely told the missionary of the kitchen
That I preferred it hot,
Because tripe (and it was Oporto-style) is never eaten cold.
They got impatient with me.
You can never be right, not even in a restaurant.
I didn't eat it, I ordered nothing else, I paid the bill,
And I decided to take a walk down the street.
Who knows what this means?
I don't know, and it happened to me...
(I know very well that in everyone's childhood there was a garden,
Private or public, or belonging to the neighbor.
I know very well that our playing was the owner of it
And that sadness belongs to today.)
I know this many times over,
But if I asked for love, why did they bring me
Oporto-style tripe that was cold?
It's not a dish that can be eaten cold,
But they served it to me cold.
I didn't make a fuss, but it was cold.
It can never be eaten cold, but it came cold.
Álvaro de Campos in "Oporto-Style Tripe", translated by Richard Zenith
I was served up love as a dish of cold tripe.
I politely told the missionary of the kitchen
That I preferred it hot,
Because tripe (and it was Oporto-style) is never eaten cold.
They got impatient with me.
You can never be right, not even in a restaurant.
I didn't eat it, I ordered nothing else, I paid the bill,
And I decided to take a walk down the street.
Who knows what this means?
I don't know, and it happened to me...
(I know very well that in everyone's childhood there was a garden,
Private or public, or belonging to the neighbor.
I know very well that our playing was the owner of it
And that sadness belongs to today.)
I know this many times over,
But if I asked for love, why did they bring me
Oporto-style tripe that was cold?
It's not a dish that can be eaten cold,
But they served it to me cold.
I didn't make a fuss, but it was cold.
It can never be eaten cold, but it came cold.
Álvaro de Campos in "Oporto-Style Tripe", translated by Richard Zenith
Canela
domingo, abril 12, 2009
Parallel Lines
If you found the words, would you really say them?
Or silent through the verse,
Will mumble punctuation?
Remembering the line, an empty metaphor
That you savor by yourself
Your never cure
If I forgot the lines, is it easy enough to fake it?
Or do you need a moment to rememorize
And model it like a curse half disguised?
Canela
Or silent through the verse,
Will mumble punctuation?
Remembering the line, an empty metaphor
That you savor by yourself
Your never cure
If I forgot the lines, is it easy enough to fake it?
Or do you need a moment to rememorize
And model it like a curse half disguised?
Canela
No muito que tenho e no tanto que me falta…
Falta-me o tempo para estar com os amigos,
Faltas-me Tu,
Falta-me o meu “Mar”,
E a imensidão da “Lua”
No tanto que tenho fica a constante lembrança do tempo que não deixo passar, das datas que foram, mas que na inversão do tempo, ainda são:
O dia 30 de Março permanece. É hoje. Será sempre…
Faltas-me Tu,
Falta-me o meu “Mar”,
E a imensidão da “Lua”
No tanto que tenho fica a constante lembrança do tempo que não deixo passar, das datas que foram, mas que na inversão do tempo, ainda são:
O dia 30 de Março permanece. É hoje. Será sempre…
Exactamente como foi, o medo de me enganar
mais tarde na memória – é tudo o que me resta: estar
de noite às escuras a pensar em ti
E se me lembro mal, se troco as vezes, naquela
quinta-feira o dia do amor em vez de ser
na segunda, o erro surge-me gigante, um peso carregado como Atlas
Por isso é que preciso de lembrar coisas
exactas, como aconteceu tudo; não só
transpor depois para a ficção recolhida, sou eu
que te preciso e dos teus dias
que me foram meus
Lembrar-me exactamente como foi, o que usei
nesse dia e o que usei no outro, até que horas
tudo, se havia gente ou não
e em que dia. Porque as palavras depois se
reconstroem
O que se disse então torna-se fácil.
Assim dito parece coisa pouca,
lugar comum e
fácil, mas as noites são grandes
e lembrar-te
exactamente
de uma forma correcta
é-me tão importante
dentro das noites a pensar em ti
sabendo: não te vejo nunca mais.
mais tarde na memória – é tudo o que me resta: estar
de noite às escuras a pensar em ti
E se me lembro mal, se troco as vezes, naquela
quinta-feira o dia do amor em vez de ser
na segunda, o erro surge-me gigante, um peso carregado como Atlas
Por isso é que preciso de lembrar coisas
exactas, como aconteceu tudo; não só
transpor depois para a ficção recolhida, sou eu
que te preciso e dos teus dias
que me foram meus
Lembrar-me exactamente como foi, o que usei
nesse dia e o que usei no outro, até que horas
tudo, se havia gente ou não
e em que dia. Porque as palavras depois se
reconstroem
O que se disse então torna-se fácil.
Assim dito parece coisa pouca,
lugar comum e
fácil, mas as noites são grandes
e lembrar-te
exactamente
de uma forma correcta
é-me tão importante
dentro das noites a pensar em ti
sabendo: não te vejo nunca mais.
Poema de Ana Luísa Amaral in “O Exacto Curso do Rio”, ligeiramente alterado: onde se lê: «segunda», deve ler-se: quarta
Mesmo sabendo que nenhuma palavra de Desculpa me desculpa, envio-Te as palavras e as rubras flores. Para Ti meu “Doce Mar”. Muitos parabéns.
Canela
Mesmo sabendo que nenhuma palavra de Desculpa me desculpa, envio-Te as palavras e as rubras flores. Para Ti meu “Doce Mar”. Muitos parabéns.
Canela
terça-feira, março 10, 2009
A Oração
A oração que uma Amiga e colega me deixou em cima da secretária:
Querido DEUS,
A rapariga que está a ler isto é bonita e forte e eu adoro-a.
Ajuda-a a viver a vida ao máximo.
Por favor, fá-la superar todas as suas expectativas.
Ajuda-a a brilhar nos lugares mais obscuros onde é impossível amar.
Protege-a o tempo todo e ergue-a quando ela mais precisar de Ti,
fazendo-a saber que ela caminha Contigo e estará sempre segura.
Adoro-te, amiga!
Há dias em que nos faltam todas as palavras, mas sobeja amor.
Canela
Querido DEUS,
A rapariga que está a ler isto é bonita e forte e eu adoro-a.
Ajuda-a a viver a vida ao máximo.
Por favor, fá-la superar todas as suas expectativas.
Ajuda-a a brilhar nos lugares mais obscuros onde é impossível amar.
Protege-a o tempo todo e ergue-a quando ela mais precisar de Ti,
fazendo-a saber que ela caminha Contigo e estará sempre segura.
Adoro-te, amiga!
Há dias em que nos faltam todas as palavras, mas sobeja amor.
Canela
domingo, março 08, 2009
Futuro - The Biggest Fear
«Lost in sun and silence»
«The golden age of communication.»
Finally, he was alone.
Alone.
Well, not exactly.
"I really think this is insane," said Rick's voice into his head.
"Everybody thinks this is insane," commented Mei Li, another voice in his ears, "but you know how Liam jumps into things. Let him stay there for an hour or two, and he will return home crying."
Looking at the display of his phone, Liam saw that most of his friends were online. They were there for him, to see if he really was going to do it. Rick was connected from his office in New York, Mei Li was chatting from home in Hong Kong; then Michael, Alan, Nikolaj ... all his chat friends scattered around the world.
"If you want to stay disconnected for some time, you just turn off your computer and phone, you don't go to the middle of nowhere," said Rick.
"How many different windows do you have open on your computer now, Rick?" asked Liam.
"What do you mean?"
"How many other things are you doing while talking with me, my friend?"
"Come on, this is not important."
But that was exactly it. Liam knew he had the attention of all his friends at that moment, but none was giving him a 100% of their time. Liam was hardly in a position to criticize. His house in London was the first to have a TV in the bathroom, to keep tedium at bay, even in those special moments.
"I can't remember myself doing only one thing at a time. Ever," said Liam. "I can't remember working without checking my e-mail, or jogging without listening to music.
Come on, Mei, even when we had sex, we had music on and our mobiles ringing!"
Mei Li didn't answer. Maybe she was chatting with somebody else.
That was exactly the reason why Liam, that same morning, took a low-cost flight from London to Timbuktu. The crowd of the city, where half of the solar energy feeding the world was produced, was the last bit of hyper-connection that Liam could stand. Turning off the phone is not enough (he said to everybody); it's like swimming in shallow water, where you can put your feet on the ground whenever you like. He didn't want any emergency escape.
"Well," said Rick, "call me when you are over with this bull ..."
He turned off his smartphone, his only remaining connection to the world. Then, he threw the phone into the air as hard as he could. It described a long arc and hit a silicon panel, bounced a couple of times and fell down in the underworld, between the solar cells and the sand.
Then, Liam discovered the Silence.
Nobody around for kilometres; no Internet connection; no way to communicate. He could hear the wind passing through the panels, whistling around the tubes, noises he hadn't noticed before. The huge amount of electricity produced and carried around seemed to induce a low hum in the air, or maybe it was just the noise of the piezoelectric actuators continuously aligning the panels to the sun.
Alone, and in silence — at last.
After some time, Liam got bored. There was nothing to do, just walk around and get sunburn. The desert was fascinating, but only for the first five minutes. Now he had shown he could do it, he could go home, talk about it at parties, and girls would ask:
"Really? You stayed disconnected and alone for a whole day?"
The biggest fear of the twenty-first century was not death, but loneliness.
And low connection speed.
After some more time, he was not just bored, but thirsty and tired. The Libyan workers should come and take him back at 8 p.m., but without his mobile he had no watch, and couldn't tell the time. This drove him crazy. Mei Li was right. He was going to come back home and cry.
After what seemed a huge amount of time, he was in full crisis. What if the workers didn't come and rescue him? The sun was still high, but he was sure that 8 o'clock had come and gone. He could have called for help — before the stupid idea of throwingaway the phone.
He ventured beneath the solar panels, away from the main road. The panels were
mounted on poles at least two metres high, so he could walk under them in a pleasant shadow. It was easy to find the phone, lying in the soft sand, undamaged by the hard landing.
He had just turned on the phone when they came.
Four young guys, dressed hip-hop style, their clothes whitened and worn by a long stay in the desert. They all had long metallic tubes, pointed as spears. Very primitive. And scary. A gang of teenage marauders, as there were in every big city, but how the hell could they survive in the desert?
He tried to say: "Hello!"
They got closer. Their noses were deformed by cotton plugs soaked in gasoline, and they had headphones shooting music at maximum volume, keeping them in permanent hallucination. Liam turned back and ran away. He hadn't gone ten metres before the spear hit him. Falling down, he could hear Rick's happy voice, answering his call.
"I had bet ten bucks on you calling back," said Rick. "You could not survive a whole day alone."
Vincenzo Palermo in "Nature" 457, 1174 (26 February 2009); Published online 25 February 2009
«The golden age of communication.»
Finally, he was alone.
The Sahara was black, covered by billions of dark solar panels, silently chasing the sun.
He had to bribe the Libyan maintenance workers to leave him at the exact centre of African Phoenix, the largest fully robotic solar plant in the world.
He had to bribe the Libyan maintenance workers to leave him at the exact centre of African Phoenix, the largest fully robotic solar plant in the world.
Alone.
Well, not exactly.
"I really think this is insane," said Rick's voice into his head.
"Everybody thinks this is insane," commented Mei Li, another voice in his ears, "but you know how Liam jumps into things. Let him stay there for an hour or two, and he will return home crying."
Looking at the display of his phone, Liam saw that most of his friends were online. They were there for him, to see if he really was going to do it. Rick was connected from his office in New York, Mei Li was chatting from home in Hong Kong; then Michael, Alan, Nikolaj ... all his chat friends scattered around the world.
"If you want to stay disconnected for some time, you just turn off your computer and phone, you don't go to the middle of nowhere," said Rick.
"How many different windows do you have open on your computer now, Rick?" asked Liam.
"What do you mean?"
"How many other things are you doing while talking with me, my friend?"
"Come on, this is not important."
But that was exactly it. Liam knew he had the attention of all his friends at that moment, but none was giving him a 100% of their time. Liam was hardly in a position to criticize. His house in London was the first to have a TV in the bathroom, to keep tedium at bay, even in those special moments.
"I can't remember myself doing only one thing at a time. Ever," said Liam. "I can't remember working without checking my e-mail, or jogging without listening to music.
Come on, Mei, even when we had sex, we had music on and our mobiles ringing!"
Mei Li didn't answer. Maybe she was chatting with somebody else.
That was exactly the reason why Liam, that same morning, took a low-cost flight from London to Timbuktu. The crowd of the city, where half of the solar energy feeding the world was produced, was the last bit of hyper-connection that Liam could stand. Turning off the phone is not enough (he said to everybody); it's like swimming in shallow water, where you can put your feet on the ground whenever you like. He didn't want any emergency escape.
"Well," said Rick, "call me when you are over with this bull ..."
He turned off his smartphone, his only remaining connection to the world. Then, he threw the phone into the air as hard as he could. It described a long arc and hit a silicon panel, bounced a couple of times and fell down in the underworld, between the solar cells and the sand.
Then, Liam discovered the Silence.
Nobody around for kilometres; no Internet connection; no way to communicate. He could hear the wind passing through the panels, whistling around the tubes, noises he hadn't noticed before. The huge amount of electricity produced and carried around seemed to induce a low hum in the air, or maybe it was just the noise of the piezoelectric actuators continuously aligning the panels to the sun.
Alone, and in silence — at last.
After some time, Liam got bored. There was nothing to do, just walk around and get sunburn. The desert was fascinating, but only for the first five minutes. Now he had shown he could do it, he could go home, talk about it at parties, and girls would ask:
"Really? You stayed disconnected and alone for a whole day?"
The biggest fear of the twenty-first century was not death, but loneliness.
And low connection speed.
After some more time, he was not just bored, but thirsty and tired. The Libyan workers should come and take him back at 8 p.m., but without his mobile he had no watch, and couldn't tell the time. This drove him crazy. Mei Li was right. He was going to come back home and cry.
After what seemed a huge amount of time, he was in full crisis. What if the workers didn't come and rescue him? The sun was still high, but he was sure that 8 o'clock had come and gone. He could have called for help — before the stupid idea of throwingaway the phone.
He ventured beneath the solar panels, away from the main road. The panels were
mounted on poles at least two metres high, so he could walk under them in a pleasant shadow. It was easy to find the phone, lying in the soft sand, undamaged by the hard landing.
He had just turned on the phone when they came.
Four young guys, dressed hip-hop style, their clothes whitened and worn by a long stay in the desert. They all had long metallic tubes, pointed as spears. Very primitive. And scary. A gang of teenage marauders, as there were in every big city, but how the hell could they survive in the desert?
He tried to say: "Hello!"
They got closer. Their noses were deformed by cotton plugs soaked in gasoline, and they had headphones shooting music at maximum volume, keeping them in permanent hallucination. Liam turned back and ran away. He hadn't gone ten metres before the spear hit him. Falling down, he could hear Rick's happy voice, answering his call.
"I had bet ten bucks on you calling back," said Rick. "You could not survive a whole day alone."
Vincenzo Palermo in "Nature" 457, 1174 (26 February 2009); Published online 25 February 2009
Março chegou...
terça-feira, fevereiro 24, 2009
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
O Criativo
Mais um dos magníficos trabalhos do meu afilhado Migas, ou o que me ajuda a caminhar.
Canela
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
Um Doce por cada dia de Chuva
Mais dois blogs adicionados à barra lateral, dois doces carregados de açúcar e canela:
O doce blog do Daniel. A cumprir a promessa.
O glicodoce blog do meu sobrinho X. Uma verdadeira delícia.
Canela
O doce blog do Daniel. A cumprir a promessa.
O glicodoce blog do meu sobrinho X. Uma verdadeira delícia.
Canela
Ausências
Não é fácil voltar quando nos falta a criatividade, a vontade, a determinação, quando já não nos reconhecemos. Mas hoje impôs-me a volta, criei entropia na réstia de luta que transporto, e como alguém quer ouvir: prometo que vou aprender a viver com o nódulo que me foi detectado. Prometo.
Obrigada pelos mimos, carinho, suporte e pela força que me impulsiona. Estaremos sempre juntos, sempre. Prometo.
Canela
Obrigada pelos mimos, carinho, suporte e pela força que me impulsiona. Estaremos sempre juntos, sempre. Prometo.
Canela
sábado, janeiro 10, 2009
quarta-feira, janeiro 07, 2009
Meu Querido Guilherme
"Se quiseres conhecer uma pessoa, não lhe perguntes o que pensa, mas sim o que ama".
Santo Agostinho
Canela
terça-feira, janeiro 06, 2009
Uma questão de tempo
Mudaram-me o nome e agora chamam-me Anjo.
Perguntam-me que quantidade de maldade é necessária para me causar revolta, como me consigo manter “low profile” em determinadas situações, como ainda acredito e mantenho a força para lutar pelos valores essenciais, como me mantenho de forma quase solitária a enfrentar um exército de anacordados. Até quando?
Acredito que lutar pelo que se ama e no que se acredita não custa, mas o organismo desmente-me e começou a comprometer algumas das suas funções orgânicas. Oxalá chegue ao fim.
Perguntam-me que quantidade de maldade é necessária para me causar revolta, como me consigo manter “low profile” em determinadas situações, como ainda acredito e mantenho a força para lutar pelos valores essenciais, como me mantenho de forma quase solitária a enfrentar um exército de anacordados. Até quando?
Acredito que lutar pelo que se ama e no que se acredita não custa, mas o organismo desmente-me e começou a comprometer algumas das suas funções orgânicas. Oxalá chegue ao fim.
Canela
domingo, janeiro 04, 2009
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