«O «pequeno» representa o tamanho perfeito, adequado ao seu investimento afectivo. Alvo electivo da sua ternura, tamanho-fétiche que apela ao seu carinho irreprimível, o pequeno contém em si as potencialidades de expressão que dele naturalmente decorrem e que depois se transferem para todos os adjectivos e nomes próprios: pequenino, pequenito, pequerrucho, etc. Como se o «pequeno» fosse a raiz dos diminutivos afectivos, a essência que percorre o conjunto inteiro das nuances dos «inhos» e «itos» declinando as inúmeras espécies da pequenez.
O português revê-se no pequeno, vive no pequeno, abriga-se e reconhece-se no pequeno: pequenos prazeres, pequenos amores, pequenas viagens, pequenas ideias («pistas»… que se abrem aos milhares a cada pequeno ensaio).»
José Gil in “Portugal Hoje O Medo de Existir”
Canela
O português revê-se no pequeno, vive no pequeno, abriga-se e reconhece-se no pequeno: pequenos prazeres, pequenos amores, pequenas viagens, pequenas ideias («pistas»… que se abrem aos milhares a cada pequeno ensaio).»
José Gil in “Portugal Hoje O Medo de Existir”
Canela