terça-feira, fevereiro 20, 2007

Quando o coração nos prega uma partida

“Comboio cuja corda” não se partiu, mas foi enviando sinais para o deterem, para o agarrarem à gare. Um comboio que nunca teve ânsia de partir, mas um desejo desesperado de ficar.
Momentos de rápida reavaliação da vida. Momentos de inversão de prioridades (todas, ou quase todas).
Outro comboio vai partir de Aveiro em direcção ao Porto, para mais uma partida Porto-Chelsea. E, nesta partida, o jogo deveria ser para ganhar, porque outro comboio se deteve, com uma vontade incontrolável de ver jogar.
Na gare vai apertar a saudade do sorriso diário e do “Bom dia” de duas pessoas que nunca gastaram muito as palavras. De duas pessoas, que por serem tão parecidas, descobriram que o melhor de cada partida é deixar fluir os sentimentos, sem os justificar, sem lhes atribuir um nome, sem os prender a uma linha, deixando-os apenas partir.
Nos escassos momentos de diálogo encontraram uma forma de descodificar as palavras essenciais, as que os outros nunca perceberam.
Amanhã nunca foi, não é, nem nunca será o dia da partida.
Amanhã o jogo deveria ser para ganhar.

Fotografia retirada do sítio Worth 1000.com

Canela

2 comentários:

Anónimo disse...

A ausência foi longa e a perguiça enorme, o jogo mantém-se, para ganhar é preciso garra... que ganhe o "maior"!
Piro

Anónimo disse...

Deveria ganhar em homenagem a quem têm um coração azul e branco e vai ser submetido, amanhã, a uma angioplastia.
Hoje quero que ganhe, única e exclusivamente, por esta razão.
Quando a tempestade passar vai-me saber bem dizer-he o resultado do jogo.
Amanhã, ainda, não vai puder saber.
Amanhã vai tudo correr bem. Amanhã vai ganhar o maior.
Não contabilizei os dias de ausência, porque sei que o tu coração,tal como o meu, também, está preso aqui. Por isso, na verdade, sempre esteve presente.
E, porque hoje já estou farta de escrever em inglês e para terminar!

A big kiss from all my heart.