Não sei se respondo ou se pergunto.Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito, ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha tristeza é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Fotografia de Judith Tomaz, retirada do sítio "1000 imagens"
Fotografia de Anderson Fetter ("Poço Iniciático"), retirada do sítio "1000 imagens"







Fotografia do Careto de Podence, retirada
Fotografia de Miguel ("Entardecer junto ao porto de Leixões"), retirada do sítio 1000 imagens
Fotografia de Miguel ("Matosinhos ao entardecer"), retirada do sítio 1000 imagens
Fotografia de Miguel ("Pôr do Sol em Matosinhos"), retirada do sítio 1000 imagens
Fotografia de Miguel ("Pôr do Sol em Matosinhos"), retirada do sítio 1000 imagens













