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segunda-feira, abril 28, 2008

«Paracuca»


Não me lembrava do nome, não me lembro se algum dia lhe atribui um nome, mas lembro-me, perfeitamente, das birras à porta do mercado, da mão-dada da minha mãe a desviar-me do caminho e de me lambuzar toda a comer (o doce, do qual só esta semana descobri o nome) “Paracuca”.
Obrigada Piro.
Podia traduzir “ginguba”. Podia! Não podia?! Mas não o vou fazer! :)
Segue a receita:


INGREDIENTES:
1 KG. DE GINGUBA NATURAL (SEM SER TORRADA)
1 KG. DE AÇÚCAR
1 LT. DE ÁGUA

PREPARAÇÃO:
Deitam-se todos os ingredientes numa panela e leva-se ao fogão em lume brando.
Depois de levantar fervura, vai-se mexendo com uma colher de pau, sempre lentamente.
Continua-se a mexer, até que a paracuca esteja pronta e bastante solta.
ESPALHA-SE A PARACUCA NUM TABULEIRO PARA ARREFECER


Receita enviada pela Piro por “E-mail”, “Powerpoint” da autoria de Henrique Silva.
Fotografia oferecida por um amigo, o N.C.


Canela

terça-feira, outubro 23, 2007

The last questions and answers


Ela – Se percebesses de números
quantas pedrinhas, dirias,
tenho comigo
representando os dias para te amar?

Ele – Uma eternidade, dizes tu
percebendo de metafísica.

Ela – E como explicas então
que as águas me sustentem
e me mantenham à superfície?

Ele – É que as pedras do amor são preciosas
e a eternidade é o presente que não existe.
Não te faças ao reino das águas, princesa
sê antes a imagem do céu
timoneira da embarcação por onde desces o rio.

Ela – Fosse teu cavalo marinho
e verias quantos corpos jazem
à custa de pedras lançadas
são antes testemunhos de sangue e frio
segue pois a tua estrela, cavaleiro
que eu permanecerei a mesma
na triste imobilidade deste rio


Ana Paula Inácio in “As Vinhas de Meu Pai”


Canela

quinta-feira, setembro 27, 2007

Inadiável

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração



Ramos Rosa

Canela

quinta-feira, setembro 20, 2007

Túd pa Porto ou Túd pa Benfica?

Olhando assim não parece mal!


Quando se amplia as coisas pioram!


Paizinho juro-te que relutei muito em publicar esta fotografia, mas deixa-me colocar a questão doutra forma: não é mau que em África alguém fale de um clube de futebol português, pois não?!
Eu sei que deves estar a pensar: levanto-me eu, no Domingo, às 5.30 da manhã, para caminhar 16 km com ela, ainda lhe proponho voltar para trás a pé (mais 16 km) e os agradecimentos são estes! Espera pelo próximo Domingo, minha melra, que bem vais sozinha!
Eu sei. Eu compreendo-te, e, arrependo-me de não ter voltado a pé. Mas, se tu olhares bem para as cores da casa vais perceber que, na verdade, foi tudo uma enorme confusão clubística e o que deveria estar escrito era TÚD PA PORTO!
No próximo Domingo posso contar contigo?


Canela

quarta-feira, setembro 19, 2007

quarta-feira, setembro 12, 2007

Frugal

No restaurante temático Africano


No restaurante temático Asiático

A composição é da minha inteira responsabilidade


Canela

quarta-feira, setembro 05, 2007

O Machibombo


A fotografia foi tirada dentro de outro machibombo, na madrugada em que cheguei a África, daí a sua má qualidade. Curiosamente, os machibombos não mudaram muito.


Canela

terça-feira, setembro 04, 2007

Ainda na saga dos “posts” pedidos

As estradas africanas.


Faltam as árvores, os chimpanzés a atravessa-la, as fêmeas com as crias às costas, falta tudo isto para encaixar na perfeição nas minhas recordações, mas na forma está lá o essencial.

Canela

domingo, setembro 02, 2007

A miragem

Ao fundo, junto às duas únicas acácias, parece ver-se água, mas não é! É uma mera miragem.
Do lado direito, junto aos montes, pode observar-se a formação de um pequeno tufão. Estes tufões formam-se constantemente, devido às coexistentes correntes de ar quente e frio, que sentimos permanentemente na pele.
Clicar na imagem para a aumentar

Canela

A paisagem...

Árida

Culpa dos ventos alísios que sopram do deserto do Saara

Canela

A formação rochosa...

... que se dá pelo nome de: "Leão Deitado".


Canela

sexta-feira, agosto 31, 2007

quinta-feira, agosto 30, 2007

Contrastes Gritantes

Uma das vilas mais pobres




Uma das vilas


Canela

Contrastes Gritantes

O Resort



Canela

Olho Azul

Através de um buraco (a pique) escavado na rocha conseguimos observar uma gruta com cerca de 27 metros de altura, no fundo da gruta encontra-se a cristalina água do mar. O efeito “Olho Azul” só é observado por volta das 12 horas, quando o sol está a pique e não existem nuvens a encobri-lo.
Aqui um pé em falso pode ser fatal!


Canela

O Nome

Sempre que me perguntavam o nome eu respondia:
- Jasmim.
Mas eles retorquiam:
- Ah! Anabela!
Eu tentava corrigir:
- Não! Jasmim.
Mas, a resposta era imediata:
- Sim! Anabela!
E, foi assim que em África me deram um nome – Anabela! Curiosamente a minha Dona T., que sabe perfeitamente que me chamo Jasmim, também me chama Belinha!


Canela

quarta-feira, agosto 29, 2007

Quando cheguei...

... estava grávida.

Agora que me vou embora, ela teve os cachorrinhos!

Ela é uma fofora muito meiga. Eles são absolutamente encantadores!


Canela

Mas o céu só ficou triste…

… e eu tenho uma enorme vontade de chorar!


Há quinze anos que não chove. Hoje, quando iniciei a despedida, o céu escureceu subitamente e na garganta o nó foi apertando para impedir que os olhos chorassem.
Hoje chove – disse-me um cidadão africano – hoje chove!
Hoje chove?! – Perguntei eu estupidamente.
Hoje chove! África está triste porque vai embora!
Mas o céu, como sempre, é engenhoso e transferiu a enxurrada de água para os meus olhos!

Canela