No mundo exótico dos chás, estes são dois dos meus preferidos, mais o de canela e o de amêndoa...confesso!
domingo, agosto 31, 2008
sábado, agosto 30, 2008
quinta-feira, agosto 28, 2008
quarta-feira, agosto 27, 2008
A propósito do tempo
Dizes-me que brevemente estarás de volta.
Eu pergunto-me: quão breve será esta eternidade?
Canela
Eu pergunto-me: quão breve será esta eternidade?
Canela
Carlos Drummond de Andrade pelo Trovador
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
(Carlos Drummond de Andrade em “Alguma Poesia”)
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
(Carlos Drummond de Andrade em “Alguma Poesia”)
O desafio foi lançado, e a resposta não tardou: Carlos Drummond de Andrade pelo Doce Trovador. Em comum temos a paixão pela poesia, o amor a Drummond, mas o maior link sempre esteve e estará na vida. Une-nos um só coração, aquele que sempre gritou por um amor maior, o nosso.
Parafraseando Manuel Bandeira: Teadoro Trovador.
Beijinhos Doce Trovador
Canela
Parafraseando Manuel Bandeira: Teadoro Trovador.
Beijinhos Doce Trovador
Canela
segunda-feira, agosto 25, 2008
Desafio
A propósito deste post, lembrei-me imediatamente de um amigo que adora Carlos Drummond de Andrade. Daí até ao desafio foi só um bocadinho assim!
Canela
Canela
domingo, agosto 24, 2008
Manhã em resumo
Às cinco da manhã já vestia roupa de desporto e calçava as sapatilhas. Sai para a rua com a noite ainda instalada, mas a saber onde acorda o sol. Concentro-me na linha do horizonte que me devolve o tempo. E, assim que os tons quentes se instalaram, saltaram as recordações de manhãs iguais passadas no Douro.
O cheiro da terra quente, o sabor doce de um vago de moscatel (colhia um vago de cada cacho, para grande tristeza do meu avô), o cheiro quente dos figos e a rugosidade das folhas das figueiras. O chilrear dos melros e das rolas, o som da água cristalina do rio que atravessava as nossas terras e o som oco das carapaças dos cágados que atravessavam as pedras do rio.
Os pés que penetravam as águas gélidas, a pele alva do meu avô e os seus enormes e lindíssimos olhos azuis.
Enquanto o tempo conspirava, redescobria o cheiro da terra seca e sentia o som dos cascos do cavalo contra o xisto: era o meu avô que chegava para me resgatar, antes que qualquer raio de sol me queimasse a pele.
Quem sabe se um dia troco a linha-do-mar, pela linha-dos-montes em socalcos do Douro.
Antes das nove da manhã perfazia mais ou menos 20 km, mas já tinha parado para tomar o pequeno-almoço.
Hoje foi uma manhã com objectivos cumpridos e algumas dores musculares.
Canela
O cheiro da terra quente, o sabor doce de um vago de moscatel (colhia um vago de cada cacho, para grande tristeza do meu avô), o cheiro quente dos figos e a rugosidade das folhas das figueiras. O chilrear dos melros e das rolas, o som da água cristalina do rio que atravessava as nossas terras e o som oco das carapaças dos cágados que atravessavam as pedras do rio.
Os pés que penetravam as águas gélidas, a pele alva do meu avô e os seus enormes e lindíssimos olhos azuis.
Enquanto o tempo conspirava, redescobria o cheiro da terra seca e sentia o som dos cascos do cavalo contra o xisto: era o meu avô que chegava para me resgatar, antes que qualquer raio de sol me queimasse a pele.
Quem sabe se um dia troco a linha-do-mar, pela linha-dos-montes em socalcos do Douro.
Antes das nove da manhã perfazia mais ou menos 20 km, mas já tinha parado para tomar o pequeno-almoço.
Hoje foi uma manhã com objectivos cumpridos e algumas dores musculares.
Canela
Tertúlias do Porto
quinta-feira, agosto 21, 2008
Os mistérios do Sono
sobre a cama as metáforas
parecem-se mais belas e
mais sublimes
uma carta,
o poder da língua que liberta os beijos e
as pálpebras em êxtase,
quando vens descendo em letra redonda e
a perturbar o meu sono.
João Ricardo Lopes in “de a pedra que chora como palavras”
Pintura de Jorge Mayet (“Entre Dos Aguas”), retirada daqui.
Canela
terça-feira, agosto 19, 2008
domingo, agosto 17, 2008
sábado, agosto 16, 2008
Jasmim, Canela e Alecrim
sexta-feira, agosto 15, 2008
quarta-feira, agosto 13, 2008
domingo, agosto 10, 2008
Digam-me que…
Amanhã não é segunda-feira!!!
E que não estamos praticamente a meio de Agosto!!!
Socorro!!!
Fotografia de autor desconhecido
Canela
sábado, agosto 09, 2008
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