Não acredito na reencarnação, aliás a acreditar, e como costumo dizer: Em alguma das minhas vidas passadas só posso ter sido o próprio Hitler. Nenhum dos seus sósia, a existirem, me poderiam ter estado reservados.
Como católica poderia acreditar noutras versões: como na de uma grande mulher (canonizada) que, durante o seu martírio e em total desespero se revoltava contra Jesus e lhe perguntava, mais ou menos, isto:
Porque me fazes sofrer tanto?
Ao que Jesus respondia:
Porque só peço estes sacrifícios aos meus amigos!
Retorquia-lhe a inteligentíssima e magnífica mulher:
Por isso é que tens tantos!
Ora toma que é para aprenderes! - digo eu.
Como sei que nunca serei canonizada, das duas uma: ou tenho o céu garantido e daí o tamanho da cruz (que nunca me faltem os elos de ligação!) ou fico-me pela versão da reencarnação na qual não acredito, mas que me assenta que nem uma luva (e lá se vão os elos de ligação, mantendo-se o tamanho da cruz!).
Só me resta dizer:
Bolas!!!
Imagem enviada por uma amiga com uma cruz igualmente pesada, via E-mail.
Banda desenhada de autor desconhecido
Canela
No mundo exótico dos chás, estes são dois dos meus preferidos, mais o de canela e o de amêndoa...confesso!
segunda-feira, junho 30, 2008
Quero acreditar que esta é a única razão.
Summer School
Para quem gosta de aprofundar conhecimentos em tempo de férias, para quem não sabe o que fazer com as férias, e porque este Blog também engloba a faceta de divulgação, aqui ficam as sugestões da Universidade Católica:
- Cursos de Verão da Universidade Católica do Porto.
Se aceitarem sugestões, aqui está uma que não faz mal a ninguém:
Dia: 3, 10 e 17 de Julho
Curso: O modelo de Inteligência Emocional de Mayer & Salovey: uma ferramenta de autoconhecimento.
Quanto a sugestões por hoje é tudo.
Divirtam-se
Informações enviadas por amigos da Universidade Católica via E-mail.
Canela
- Cursos de Verão da Universidade Católica do Porto.
Se aceitarem sugestões, aqui está uma que não faz mal a ninguém:
Dia: 3, 10 e 17 de Julho
Curso: O modelo de Inteligência Emocional de Mayer & Salovey: uma ferramenta de autoconhecimento.
Quanto a sugestões por hoje é tudo.
Divirtam-se
Informações enviadas por amigos da Universidade Católica via E-mail.
Canela
domingo, junho 29, 2008
Mais um dos magníficos trabalhos…
quinta-feira, junho 26, 2008
As Ténues Teias de um Sonho
Tempo – definição da angústia.
Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia.
Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escreves.
Fica apenas a tua negra sombra:
- O passado,
Amargura maior, fotografada.
Tempo…
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!
Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia
Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!
Miguel Torga in “Tempo”
Canela
Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia.
Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escreves.
Fica apenas a tua negra sombra:
- O passado,
Amargura maior, fotografada.
Tempo…
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!
Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia
Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!
Miguel Torga in “Tempo”
Canela
Estratégias
Qual o limite para a maldade humana? - perguntava-lhe isto, a ele, sem me aperceber de que, também eu poderia estar a ser cruel.
Ele, numa atitude de profunda lucidez e sem se deixar perturbar pela minha interpelação, calmamente respondeu:
- Jasmim, tu sabes a resposta! Não deixes que a revolta te atinja. Tu não és assim. Dissiparás energia na revolta e dissiparás energia a voltar ao teu registo normal.
A estratégia seguinte foi mudar, imediatamente, de tema, sem dissipar energia e aproveitando em pleno o resto do dia.
Canela
Ele, numa atitude de profunda lucidez e sem se deixar perturbar pela minha interpelação, calmamente respondeu:
- Jasmim, tu sabes a resposta! Não deixes que a revolta te atinja. Tu não és assim. Dissiparás energia na revolta e dissiparás energia a voltar ao teu registo normal.
A estratégia seguinte foi mudar, imediatamente, de tema, sem dissipar energia e aproveitando em pleno o resto do dia.
Canela
terça-feira, junho 24, 2008
Excepções
Agora que sou "fundamentalista" – como diz o meu pai.
Agora que deixei de comer carne (excepto peixes, moluscos, crustáceos, bivalves e afins) pelas razões que quase todos vocês conhecem.
Agora, dizia eu, abro excepções: para as empadinhas de vitela da padaria Ribeiro e para o arroz de cabidela com galináceos unicamente criados em casa (juro que isto não é choradinho!).
Assim sendo, para o jantar temos: empadinhas de vitela da supracitada padaria e cogumelos recheados com queijo Roquefort e assados no forno, tão simples quanto isto!
Alguém falou em colesterol?! Atenção: «temos» não é lista!!!
Canela
Agora que deixei de comer carne (excepto peixes, moluscos, crustáceos, bivalves e afins) pelas razões que quase todos vocês conhecem.
Agora, dizia eu, abro excepções: para as empadinhas de vitela da padaria Ribeiro e para o arroz de cabidela com galináceos unicamente criados em casa (juro que isto não é choradinho!).
Assim sendo, para o jantar temos: empadinhas de vitela da supracitada padaria e cogumelos recheados com queijo Roquefort e assados no forno, tão simples quanto isto!
Alguém falou em colesterol?! Atenção: «temos» não é lista!!!
Canela
domingo, junho 22, 2008
Porque nem só de música ou poesia…
quinta-feira, junho 19, 2008
quarta-feira, junho 18, 2008
terça-feira, junho 17, 2008
«Sentir é outra questão…»
Não tenho ninguém que me ame.
’Spera lá, tenho; mas é
Difícil ter-se a certeza
Daquilo em que não se crê.
Não é não crer por descrença,
Porque sei: gostam de mim.
É um não crer por feitio
E teimar em ser assim.
Não tenho ninguém que me ame.
Para este poema existir
Tenho por força que ter
Esta mágoa que sentir.
Que pena não ser amado!
Meu perdido coração!
Etcetera, e está acabado
O meu poema pensado.
Sentir é outra questão…
’Spera lá, tenho; mas é
Difícil ter-se a certeza
Daquilo em que não se crê.
Não é não crer por descrença,
Porque sei: gostam de mim.
É um não crer por feitio
E teimar em ser assim.
Não tenho ninguém que me ame.
Para este poema existir
Tenho por força que ter
Esta mágoa que sentir.
Que pena não ser amado!
Meu perdido coração!
Etcetera, e está acabado
O meu poema pensado.
Sentir é outra questão…
Fernando Pessoa
Pintura de Guy Girard ("Le Château du Double Soleils (Anagraphomorphose de Nietzsche)"), 1993 – retirada do catálogo «O Reverso do Olhar», Coimbra 2008
Canela
domingo, junho 15, 2008
Mimos de Sábado
Um banho de imersão em chocolate negro, seguido de uma massagem com chocolate negro.
Para finalizar um chá com amigos de longa data: o N., a R. e os meus sobrinhos o X. e o P, mas desta vez com a presença da mãe do N., e praticamente minha segunda mãe que, como não podia deixar de ser, me trouxe o pão-de-ló que eu adoro. Aquele que é absolutamente inconfundível. Ou seja, este:
Para finalizar um chá com amigos de longa data: o N., a R. e os meus sobrinhos o X. e o P, mas desta vez com a presença da mãe do N., e praticamente minha segunda mãe que, como não podia deixar de ser, me trouxe o pão-de-ló que eu adoro. Aquele que é absolutamente inconfundível. Ou seja, este:
Existem dias-perfeitos, com cheiros e sabores inconfundíveis. Dias com conversas perfumadas de amor. Dias de uma incomparável tranquilidade.
Canela
sábado, junho 14, 2008
quinta-feira, junho 12, 2008
Aspectos
Diariamente, e talvez por preocupação, vou ouvindo a mesma frase repetida vezes sem conta: “Estás muito magra!”
Ontem, ao chegar a casa esperava-me uma vizinha imensamente preocupada, que me dizia: “O meu marido já comentou comigo que está muito magra!”
Sorri e continuei rumo à porta de casa. Do portão ainda retorquiu: “Não está a fazer nenhuma dieta, pois não?!”
Voltei-me, esbocei um enorme sorriso e acenei que “não” com a cabeça, mas fui pensando:
A ignorância, em certas situações, é uma dádiva!
Canela
Ontem, ao chegar a casa esperava-me uma vizinha imensamente preocupada, que me dizia: “O meu marido já comentou comigo que está muito magra!”
Sorri e continuei rumo à porta de casa. Do portão ainda retorquiu: “Não está a fazer nenhuma dieta, pois não?!”
Voltei-me, esbocei um enorme sorriso e acenei que “não” com a cabeça, mas fui pensando:
A ignorância, em certas situações, é uma dádiva!
Canela
quarta-feira, junho 11, 2008
O caminho mais curto para a infelicidade
Deixem-me chegar à cegueira de quem nada sabe, à surdez de quem nada compreende, às palavras dos inocentes.
Fechem-me o coração, atem-me os sentimentos, toldem-me todas as conexões neuronais
Obriguem-me a parar de estudar.
Obriguem-me a parar de estudar.
Se ainda for a tempo,
então serei FELIZ.
Canela
então serei FELIZ.
Canela
terça-feira, junho 10, 2008
domingo, junho 08, 2008
quarta-feira, junho 04, 2008
domingo, junho 01, 2008
Tudo para Ti
O que se diz do inverno pode dizer-se da juventude
é uma estação abstracta
numa hora qualquer acabamos com frio
o desprovido transporte que por vezes
demasiadas vezes é o daquela verdade
Mas o jogo de alguma coisa
está mais longe ou mais perto
Nem tu sabes por quantos anos ainda
voltarás aos bosques
aos detalhes que ignoravas
ao que resta do primeiro amor
a que todos pensam ter sobrevivido
é uma estação abstracta
numa hora qualquer acabamos com frio
o desprovido transporte que por vezes
demasiadas vezes é o daquela verdade
Mas o jogo de alguma coisa
está mais longe ou mais perto
Nem tu sabes por quantos anos ainda
voltarás aos bosques
aos detalhes que ignoravas
ao que resta do primeiro amor
a que todos pensam ter sobrevivido
José Tolentino Mendonça in “Menos para ti”
Pintura de Daniel Hesidence (untitled), retirada daqui
Canela
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