segunda-feira, novembro 27, 2006

Entra em morte cerebral...

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.
...
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco, e os pontos nos is em detrimento dum redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, um sorriso dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não troca o certo pelo incerto para ir atrás dum sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir aos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias a queixar-se da má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece, ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior, do que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estado esplêndido e de felicidade.
Pablo Neruda
...a ventilação, nestes casos tem de ser assistida.

2 comentários:

Unknown disse...

Estar vivo e lutar para seguir em frente, exige um esforço que por vezes parece "sobre-humano". Mas deixar de respirar é "humanamente" impossível...

AN

Anónimo disse...

Felizmente que a ventilação não é voluntária! Toca a ventilar. Quando a dor apertar e o nosso sistema nervoso autónomo quiser assumir o controlo da situação, só temos de o controlar, e às vezes é fácil concentra-te apenas na ventilação, nos movimentos abdominais quando ventilas. Tenta mudar os movimentos de ventilação para a parte superior e inferior do abdómen e concentra-te apenas nisto. Vais ver que te consegues libertar do controlo do “monstrinho” que se chama: sistema nervoso autónomo.
O caminho faz-se para a frente, não podemos ficar agarrados ao passado. Como alguém disse um dia: “Quem vive do passado é museu”.
Adorei ver-te aqui. Sabes que te adoro, não sabes? E depois para nos encurtar a distância lá está o Skype!
Um beijo enorme para os meus três amores.